Prólogo - 감각의 정글 ※ Jungle of Sensualists [Tradução Pt Br]

Tradução e revisão: Anev; Feedback: Órion e Maico;

Conforme o tempo passava, a raiva e a frustração excediam qualquer outro sentimento. Entretanto, contrariando a tempestade de sentimentos violenta que zunia dentro de Yeo-won, a noite na mansão estava silenciosa como sempre. Ao levantar, o rangido da cama pareceu crepitante em meio ao volume mudo do ambiente. 

Je-heon era um calo doído no ego de Sun-jun tanto quanto era uma fonte de temor. Ao escolher tal dádiva[¹] por vontade própria, Yeo-won foi capaz de levar seu marido ao fim de sua miséria. 


Não, na verdade, eram apenas desculpas. Sua vingança contra Sun-jun não passava de um simples momento insignificante. Yeo-won deseja Je-heon a ponto de não conseguir mais negar para si mesmo os próprios sentimentos.

Pela primeira vez na vida, depois de tão acostumado a se reprimir, Yeo-won fervorosamente anseia e deseja alguém de verdade... Logo depois de acordar, esse intenso desejo cresceu sem controle e se espalhou por todo o seu corpo. Mesmo sabendo que era errado, o ímpeto da volúpia simplesmente o atacou sem pudor algum.  


Abriu a porta com um rangido choroso e saiu, subindo a escada em formato espiral para o terceiro andar. No momento em que corajosamente agiu conforme seus instintos ordenaram, sentiu, pela primeira vez em todos os anos de sua vida, um fervor vívido e intenso acompanhado de uma estranha excitação. 


“Sr. Je-heon.”


Já era tarde, mas era como se o ambiente da sala no terceiro andar ainda esperasse pela sua visita. Lá, encostado em sua magnífica poltrona, Je-heon ergue a cabeça e espera o garoto andar até si, o observando atentamente, sem expressar nada que pudesse ser decifrado.


“Sim, Sr. Yeo-won.”

 

Sob a fraca iluminação, os contornos do rosto de Je-heon são revelados. Prendendo o ar dentro dos pulmões, Yeo-won encara as sobrancelhas bem desenhadas e estreitas, o nariz arrebitado e o queixo forte do outro. A boca do homem quase imperturbável à sua frente se move muito delicadamente, quase existindo a sombra de um sorriso, e uma sensação distorcida de satisfação transparece pelo rosto até pouco tempo atrás concentrado em sua própria seriedade. 


“Sr. Je-heon, eu não estou no cio.”

 

“Eu sei.”


Após respirar fundo, Yeo-won se aproxima da poltrona e se inclina. Ao beijar brevemente os lábios de Je-heon, pôde ouvir o suave som de sua boca tocando a outra. É impossível não suspirar com a empolgação crescente dentro de si.


Quando uma onda de calor morno o envolve, fecha os olhos e deliberadamente afasta os próprios lábios com lentidão. As palmas de suas mãos deslizam no peito rígido sob si, e é possível ouvir a respiração de Je-heon ficando cada vez mais alta.


Os finos cílios de Yeo-won tremem quando recua, obedientemente esperando o descarte de uma restrição não dita.


“Sequer imagino conseguir te dispensar facilmente depois de começar. Tem certeza de que não vai se arrepender?”


O baixo tom da fala pesou no ar. Os olhos brilhantes do homem contido em toda sua classe piscaram com as pupilas escuras completamente dilatadas de excitação. Essa cena assemelhava-se à um animal carnívoro observando sua caça... mas a presa, nesse caso, sentiu-se entusiasmada em estar prestes a ser devorada, com as costas aprumadas num arrepio constante. 


“Sim, eu não vou me arrepender.”


Era mentira. Uma mentira deslavada e sem vergonha, porque sabia muito bem que um dia iria se arrepender dessa escolha que fez apenas com suas emoções, sem dar ouvidos à razão. 


Mas, mesmo que se arrependesse mais tarde, queria dar ouvidos a si mesmo ao menos um vez, sem se importar com ninguém mais. Balançou a cabeça positivamente, determinado e orgulhoso do próprio trunfo. 


“Então, tire suas roupas e venha até mim.”


Seu olhar, repleto de desejos obscuros, capturou Yeo-won fortemente e fez seu corpo tremer em reflexo, tamanha a intensidade do comando ditado. A fraca relutância que tinha contra as próprias vontades foi rapidamente aniquilada, e então, como ordenado, despiu-se com agilidade.


Os mamilos ficam pontiagudos por conta do ar frio lambendo sua pele nua. Com um olhar arrogante, Je-heon olha o peito de Yeo-won, agora vermelho de vergonha e com corpo completamente exposto. Um ar de saciedade lânguida brilhou nas feições imperiais do Alfa, submetendo Ômega voluntariamente à maculação.  


“Uh, uau.”


Um sentimento aterrador fluiu através de seu corpo, como se estivesse em estado de alerta, sendo devorado em um piscar de olhos. Ainda assim, Yeo-won ajoelhou-se e engatinhou até Je-heon. Seu estômago formigava em receio, mas quanto mais perto seu nariz chegava do meio das pernas do Alfa, mais uma peculiar empolgação crescia dentro de si.


Inspira... Expira... Bem devagar.


Como que em reflexo, Je-heon exala um suspiro silencioso enquanto abre o zíper de sua calça e puxa seu pênis. O membro, já parcialmente ereto, agora jazia perigosamente perto do rosto de Yeo-won. O odor lascivamente úmido passeou por seu olfato enquanto sua visão capturava as pulsantes veias ao longo do imponente membro.


“Chupe.”


Quando o genital foi nocivamente aproximado de seu rosto, inclinou a cabeça para trás, meio assustado. O Alfa o instruiu em cada passo, como se fosse um exercício natural do dia a dia. Yeo-won, ajoelhado e nu,  estava agora fazendo um boquete para Je-heon, que soltava hora ou outra exclamações de prazer e aprovação.



Mesmo estando preparado, não foi fácil para o Ômega. Todavia, o olhar de devoção que recebia ficou ainda mais intenso quando sua boca foi capturada pela outra, em um beijo sem pressa de encontrar fim, lento e sensual. Com as mãos trêmulas, Yeo-won tenta levá-las entre as pernas de Je-heon. 


“Sem  mãos.”


Je-heon segura as costas do Ômega com firmeza e, estreitando o olhar em sua direção, os cantos de sua boca se movem. Ele estava completamente ciente dos desejos de Yeo-won, e também estava pronto para domá-lo, definitivamente.


“O que? Acha que vou te levar para o mal caminho, Sr. Yeo-won?”


Silêncio.


Na tensão em que estava, lágrimas se acumularam em seus olhos. Simultaneamente, tomou conta de que a questão estava distorcida, e balançou a cabeça, veemente sobre sua resposta.[²]


“Não, não…”


Yeo-won sorriu, sua voz estava levemente rouca e fraca. Mas, “não” mesmo? Sinceramente, gaguejou porque não tinha certeza. Je-heon era afável, mas perigoso; atencioso, mas traiçoeiro.  Qual desses era o verdadeiro é que era difícil dizer.


“Hmm, claro, okay…”


No entanto, mesmo que tudo fosse uma armadilha elaborada por Je-heon desde o início, Yeo-won estava pronto para cair nela. Então, após umedecer os lábios carmezim de forma erótica e demorada, envolveu a glande do Alfa com a boca bem aberta, roçando os dentes sutilmente de propósito conforme voltava ao ritmo anterior.




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[¹]: se refere ao Je-heon.


[²]: Yeo-won tinha entendido que a pergunta estava se referindo ao adultério, que é um assunto que o perturba muito: de um lado ele acha justo (uma forma de vingança pelo destrato), e do outro está a ética. Mas, na verdade, se referia à escolha que ele faria (excluindo a preocupação com a situação em si - de traição - e olhando para si mesmo). O “mal caminho” é uma metáfora para simbolizar se ele quer continuar dando atenção aos próprios desejos ou não, a valorizar-se ou deixar isso de lado pelo que é politicamente correto. Ali, também, ele ficou em silêncio e começou a chorar por achar errado, realmente, mas quando notou que era um “sim, quero parar” que ele dissesse e o Je-heon pararia definitivamente, ele se apavorou balançou a cabeça em negativa, porque como ele disse antes, é a primeira vez que ele quer algo de coração, e desistir disso não é opção.


#Anev: Esse Prólogo era para ter sido postado hoje às exatas 22:00, mas alguns imprevistos ocorreram, por isso o atraso. (Os imprevistos: eu não conseguia alinhar a imagem de início do jeito que eu queria, perdoa a burra aqui (≧﹏≦)

Foi um começo bem inesperado para mim também, de cara já teve cenas explícitas, fiquei meio (⓿_⓿), mas se eu falar que não gostei, estaria mentindo (✿◡‿◡)

Como dito lá em cima, contei com o feedback da Órion e do Maico para a conclusão da revisão desse capítulo, obrigada pela ajuda, anjinhos (❁´◡`❁)

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Comentários

  1. fiquei surpresa de já começar assim mas quando veio o
    “Então, tire suas roupas e venha até mim.” eu já amei

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